Engolir o orgulho ou se afogar. Sentir pelo outro, lacrimejar.
Ter o direito de sentir, sem dar trabalho, orgulhoso de existir, valer tudo que valho.
Dosando bem, mal não tem. Como sal, pouco é bom mas causa problema também.
Tempera a autoestima com sabor de “posso errar”, É quando a gente melhor aprende, sem desanimar.
Ele ferido é um perigo, cuidado pra não desandar. Com humildade fica bonito com exagero pode matar.
A dica é de vó, equilíbrio, Então, nunca é demais Se a falta ou excesso te mata, contempla o elo que satisfaz.
Vê se aproveita o amor que te enche os olhos. Degusta o máximo do sabor do vôo dos filhos sobre quem regas com teu bom humor, e sob tuas asas carregas.
Se de alguém o sentimento aflora, põe pra fora, sente pelos dois. Orgulho é bom sentido agora, não deixado pra depois.
Que ninguém nos tire o direito de existir pra que a gente possa, enfim, sentir o orgulho de poder sentir. ___ “Orgulho”, poesia e ilustração de @marceloparaujo